domingo, 4 de outubro de 2009

Bispos canadenses: as consequências de legalizar a eutanásia

(ZENIT.org) O presidente da Conferência Episcopal do Canadá (CECC), Dom Vernon James Weisberger, arcebispo de Winnipeg, enviou uma carta em que convida os membros do Parlamento e o povo canadense a refletir sobre as possíveis consequências da lei C-384, cujo objeto é legalizar a eutanásia e o suicídio assistido no país
Assinalando o fato de que as pessoas que querem reabrir este debate estariam motivadas por sua preocupação frente ao sofrimento dos outros, o presidente da CECC põe em dúvida as motivações destas mesmas pessoas, segundo informa o site da Conferência Episcopal.
"Uma rejeitável interpretação da compaixão os leva a propor que se exerça a eutanásia sobre os mais vulneráveis em lugar de assegurar-lhes, até sua morte natural, os cuidados apropriados, um controle eficaz da dor, assim como um apoio social, afetivo e espiritual".
Apoiando-se no ensino do Catecismo da Igreja Católica, Dom Weisgerber recorda que é legítimo recorrer aos medicamentos e a outros meios para aliviar o sofrimento, inclusive se isto tem como efeito secundário abreviar a vida. Acrescenta contudo que "o que nunca é aceitável é matar de maneira direta e intencional as pessoas deprimidas, desvalidas, enfermas, anciãs ou moribundas".
O arcebispo não vê como qualquer lei autorizando a eutanásia e o suicídio assistido possa proteger os mais vulneráveis da sociedade.
De acordo com os bispos católicos do Canadá, o presidente da Conferência Episcopal convida os membros do Parlamento do Canadá -deputados e senadores- a recorrer a definições claras nos debates que se anunciam e a estar atentos ao profundo impacto que terá a adoção desta lei sobre a vida das pessoas individuais e de toda a comunidade.
Convida também todos os canadenses a informar-se melhor sobre a eutanásia e o suicídio assistido e a promover, em seu lugar, os cuidados paliativos e a assistência a domicílio, com o fim de ajudar as pessoas que os necessitam e seus cuidadores.
Desta forma, convida os católicos e os irmãos das comunidades cristãs ou de outras religiões, e que apreciam a beleza e a dignidade inerente à vida, a comprometer-se neste debate com cortesia e respeito com o fim de testemunhar uma profunda reverência por toda a vida humana.

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