domingo, 11 de outubro de 2009

JN: O Cirque Du Soleil da notícia

(Mídia sem máscara) Coube aos apresentadores Willian Bonner e Fátima Bernardes, e com a ajuda do jornalista Carlos de Lannoy, contorcerem-se para tentar desacreditar o que eles mesmos, ao fim, afirmaram, ou seja: que um golpe com vistas a se perpetuar no poder foi tramado e executado de forma desobediente e reincidente por Zelaya.
Haverá um tempo, talvez infelizmente distante, em que as faculdades de jornalismo venham a apresentar a extrema parcialidade da imprensa de hoje como um período lastimável de nossa história. Um tempo em que a verdade havia sido seqüestrada e imolada sob a algozaria ideológica e sob uma estranha instituição denominada concessão pública (Sobre a qual ainda tecerei um artigo a respeito). Até lá, muito trabalho se nos espera.
Como afirmei em um artigo anterior sobre a matéria, o tempo corre a favor de Honduras, pois não é possível manter a verdade sufocada indefinidamente: era vital que as investidas lulo-chavistas tivessem surtido efeito imediatamente, de modo que, quando os cidadãos de todos os países tivessem dado conta de que haviam caído em um engodo de proporções mundiais, já não fosse possível fazer com que a justiça prevalecesse.
Desde então, passados três meses dos fatos que culminaram com a deposição de Manuel Zelaya, um grande desconforto tem crescido nos meios de comunicação: apressados que foram em passar recibo às extravagâncias dos governantes aliados do Foro de São Paulo, em especial Hugo Chávez e Lula, agora têm de recorrer aos mais habilidosos malabarismos, daqueles de fazer inveja aos artistas do famoso Cirque Du Soleil, para justificar as ocultações e distorções produzidas na cobertura dos eventos e se possível, reverter gradativamente a posição adotada sem que pareça que sempre estiveram a manipular a opinião do público.

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